segunda-feira, 21 de abril de 2008

Polícia Federal recolheu mais seis computadores e um pendrive da Casa Civil

O delegado Sérgio Menezes, da Polícia Federal, responsável pelo inquérito que investiga o “vazamento de informações sigilosas” da Casa Civil, recebeu na sexta-feira mais seis computadores de mesa e um pendrive enviados pela equipe da ministra chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff. No pendrive estariam os dados já digitalizados referentes às despesas com cartões corporativos e contas B levantadas para o dossiê que foi montado na Casa Civil para fazer chantagem contra o PSDB. A Polícia Federal investiga o “vazamento de informações sigilosas” da Casa Civil que deu origem ao dossiê com gastos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e sua equipe. Os computadores e o pendrive eram utilizados por seis servidores da Casa Civil responsáveis pela realização do dossiê. O material vai ser periciado na Superintendência da Polícia Federal de Brasília. No último dia 8, a Polícia Federal apreendeu seis computadores para realizar perícia nas máquinas. Dos seis equipamentos, apenas um era de mesa. Os demais são notebooks utilizados por funcionários do órgão. Além dos computadores, a Polícia Federal também reuniu informações na Casa Civil sobre o banco de dados com informações de gastos do governo de Fernando Henrique Cardoso com os cartões corporativos e as contas B, como as senhas utilizadas por cada servidor para o ingresso no sistema de informações do órgão. O diretor-geral em exercício da Polícia Federal, Romero Luciano Lucena de Menezes, foi quem determinou a abertura de um inquérito para “apurar o vazamento” do dossiê. Para justificar a “necessidade de investigar o vazamento”, Dilma Rousseff informou que há a possibilidade de “crime de violação de sigilo funcional”. O Palácio do Planalto quer que a Polícia Federal investigue quem vazou os dados e “quem invadiu os computadores da Casa Civil”, mas não deseja, é claro, uma apuração sobre a motivação política do próprio governo Lula para elaborar o dossiê a fim de intimidar a oposição na CPI dos Cartões. Esse governo é a coisa mais inacreditável da história brasileira. Ele não subverte a história, como fazia Stalin, ele subverte a própria linguagem. Assim, “dossiê” se transforma em “vazamento de informações”. Ainda vão acusar a oposição de ter entrado no Palácio do Planalto, acessado os computadores, plantado lá o dossiê, e depois vazá-lo para a imprensa. Esses caras do PT não conhecem limites. E nessa jogada a Polícia Federal está sendo usada, escandalosamente, pelo peremptório ministro da Justiça, Tarso Genro, como uma polícia política, bem como fazia Stalin.

Nenhum comentário: