terça-feira, 8 de abril de 2008

A incrível odisséia para investigar o roubo de recursos públicos (6)

Logo a seguir, no item 4 da denúncia, afirmam os promotores André Felipe de Camargo Alves e Eduardo Alberto Tedesco: “Dada a quantidade de possíveis irregularidades afirmadas na representação e em manifestações posteriores de seu autor, João Fernandes Ventura Rodrigues, e a complexidade das questões suscitadas, no curso do Inquérito Civil foram realizadas duas perícias de engenharia civil, por profissionais do quadro da Procuradoria-Geral de Justiça”. Eles apontam que os quesitos formulados estão nas folhas 563 a 566, 631, 832/833, 898 e 1013/1015. Apontam ainda que o laudo da primeira perícia consta às folhas 563/566, complementado às folhas 600/603 e 632/633, e que o laudo da segunda perícia se encontra às folhas 694/709, 729/739, 880/887, 889/891, 894, 911/913, e 1072/1089. Por que foram feitas duas perícias? Ora, porque o denunciante, João Fernandes Ventura Rodrigues, denunciou a primeira perícia, acusando-a de corporativista (engenheiro defendendo engenheiros) e desleixada. Mais do que isso: ele abriu uma denúncia na Corregedoria do Ministério Público do Estado do Rio Grande do Sul contra o engenheiro deste órgão designado para fazer a perícia. Foi aberta uma sindicância, na qual o denunciante não foi ouvido; não teve acesso aos autos da denúncia; e, ao final, o Ministério Público concluiu que nada havia contra seu engenheiro.

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