terça-feira, 22 de abril de 2008

CPI inicia análise de gastos sigilosos do governo Lula e sua família com cartões corporativos

A CPI dos Cartões Corporativos inicia nesta terça-feira a análise dos gastos sigilosos da Presidência da República com os cartões, que incluem as compras realizadas para o presidente Lula, a primeira-dama, a italiana Marisa Letícia, e seus filhos, como Lurian, em Florianópolis, e Lulinha e os outros, em São Paulo. A oposição espera encontrar detalhes escabrosos dessas contas, já que o governo Lula se esforça tenazmente para escondê-las. Os delegados subalternos e picaretas da base aliada argumentam que as contas de Fernando Henrique Cardoso podem ser exibidas porque já não representam “risco à segurança nacional”. Provavelmente, em toda a sua história, mesmo no auge da curta passagem de Fernando Collor de Mello, o Congresso não foi tão canalha como está sendo atualmente. "Eu acho que o argumento de segurança nacional é do atual presidente da República. Depois que o presidente Lula deixar o poder, se algo que o comprometa for revelado, aí sim ele pode acertar as contas do que ficou pendente", disse o deputado federal Carlos Willian (PTC-MG). Linguajar de picareta, sem dúvida. DEM e PSDB prometem tornar públicos documentos do atual governo caso sejam de interesse da sociedade. "Na hora em que acharmos que os documentos têm que ser mostrados para a opinião pública, temos que mostrar. Cada parlamentar tem as suas convicções", disse o deputado federal Vic Pires (DEM-PA). Apesar da disposição em revelar dados sigilosos, os integrantes da CPI que tiverem acesso aos documentos serão obrigados a assinar um termo de responsabilidade no qual se comprometem em mantê-los em segredo, como prevê a legislação federal. Os oito integrantes da comissão escalados para analisarem os papéis terão até um mês para estudá-los na sede do Tribunal de Contas da União, onde foram reunidos após auditorias realizadas pelo órgão nas contas do Palácio do Planalto. Cada deputado ou senador poderá levar um assessor do Congresso para o auxílio dos dados.

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