terça-feira, 8 de abril de 2008

CPI do Detran gaúcho quebra sigilos de todas as empresas envolvidas nas fraudes

Os deputados estaduais membros da CPI do Detran que está em funcionamento na Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul aprovaram, nesta segunda-feira, a quebra dos sigilos bancário e fiscal das 12 empresas que atuaram como sub-contratadas das duas fundações de direito privado, Fatec e Fundae, que se constituíam na fachada para o desvio de mais de 40 milhões de recursos públicos. A aprovação do requerimento foi por unanimidade. Estão com os pedidos de quebra de sigilos as seguintes empresas: Pensant Consultores (do “bruxo” José Fernandes, cabeça de todo o esquema); Newmark Tecnologia da Informação Logística e Marketing; Rio Del Sur Auditoria & Consultoria; Newmark Serviço da Informação e Inteligência Ltda; IGPL - Inteligência em Gestão Pública; NT Pereira - Processamento de Dados; Carlos Rosa Advogados Associados; Doctus Consultores; PLS Azevedo; Nachtigall Advogados Associados; Fadel Advogados; Pakt. Quatro dessas empresas (Pensant, Newmark, Rio Del Sur e Carlos Rosa) receberam R$ 34,6 milhões do Detran, por meio da Fatec, entre 2003 e 2007. Até agora os deputados estaduais membros da CPI do Detran RS seguem vacilando para aprovar o requerimento chave, que é a quebra dos sigilos da Fenaseg (Federação Nacional dos Seguros). Quando eles resolverem investigar por este lado, descobrirão que a fraude envolvendo as fundações de direito privado Fatec e Fundae (que deveriam ser fiscalizadas pelo Mistério Público e nunca foram, assim como a Fundação Rubem Berta, que acabou gerando a liquidação da Varig) é brincadeira de jardim de infância. Nesta segunda-feira a CPI ouviu um depoimento totalmente inaproveitável, do indiciado Rubem Höher, que se negou a falar, amparado por habeas corpus.

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