domingo, 6 de abril de 2008

Conjunto Buena Vista Social Club tem uma nova formação

A banda cubana Buena Vista Social Club, ícone do país, tem buscado novos talentos para levar suas turnês adiante. A banda de 13 músicos viaja para a Grã-Bretanha nesta semana para fazer 32 concertos, em Londres, Liverpool e Edimburgo. Orlando "Cachaito" Lopez tocará o baixo novamente e Manuel "Guajiro" Mirabal estará no trompete. Os sobreviventes da gravação original premiada com o Grammy em 1997, que deu fama à banda, estão na casa dos 70 anos. O acréscimo jovem à banda é a vocalista Idania Valdés, 26 anos, que começou como cantora do coro do Buena Vista seis anos atrás e tocou teclado numa banda ligada ao grupo, do falecido Ibrahim Ferrer. Barbarito Torres, 52 anos, que toca alaúde, e o percussionista Amadito Valdés, de 62 anos, ainda são presenças regulares na banda e farão parte da turnê. "Os nomes mais famosos do projeto Buena Vista já morreram, mas a banda virou marca registrada da música cubana", disse Valdés, criador de um estilo único de tocar timbales, o instrumento cubano celebrizado pelo porto-riquenho Tito Puentes. Desde a morte do cantor e líder do Buena Vista, Compay Segundo, aos 95 anos, em 2003, outros três integrantes da formação original do grupo faleceram: o pianista Ruben González, o cantor Ibrahim Ferrer e o vocalista e compositor Pio Leyva. Outros membros seguiram caminhos próprios. É o caso do guitarrista Eliades Ochoa, que todos os anos faz uma turnê na Europa com banda própria, e da diva Omara Portuondo, que cantou pela última vez com os membros originais do Buena Vista no México, em 2006. Portuondo está realizando até 10 de maio uma turnê pelo Brasil com a cantora Maria Betânia e depois irá à Argentina e ao Chile. Ela também vai cantar na casa de espetáculos Kenwood House, em Hampstead Heath, Londres, em julho, com banda própria. Muitos dos músicos já estavam aposentados quando foram convocados para uma legendária sessão de gravação em março de 1997 produzida em Havana pelo guitarrista norte-americano Ry Cooder, embora a idéia tenha sido do britânico Nick Gold, dono de um selo de world music. O disco do Buena Vista vendeu 1 milhão de cópias em um ano e alcançou públicos novos graças ao documentário feito dois anos mais tarde pelo cineasta alemão Wim Wenders. Sete milhões de cópias foram vendidas até hoje.

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