quarta-feira, 5 de março de 2008

Técnicos sabotam o governo de Yeda Crusius

A governadora do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius (PSDB), dorme tarde, acorda cedo, promove reuniões incontáveis com o objetivo de desamarrar a administração estadual e, no fim, seus esforços terminam em nada, porque setores do governo sabotam suas determinações. Na segunda-feira começaram as inscrições para a montagem de uma força-tarefa no IGP (Instituto Geral de Perícias). Mas, será uma iniciativa inútil, tudo por causa da disputa existente entre os diretores do Departamento de Criminalística e o do Insitituto Geral de Perícias. Este último vai contrariar diretamente o que foi determinado pela governadora Yeda Crusius. A montagem da força-tarefa decorre de um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) estabelecido entre o governo do Estado , o Poder Judiciário e o Mistério Público, ainda durante o governo Germano Rigotto. A governador Yeda Crusius tomou a iniciativa de colocar o trem andando. Editou o Decreto 45.292, no dia 23 de outubro do ano passado, criando a força-tarefa do Instituto Geral de Perícias, que deveria realizar 12.000 perícias, atual passivo da Seção de Balística Forense e Seção de Documentoscopia Forense do Departamento de Criminalística. Essa foi a justificativa da Lei 12.879, de 27 de dezembro de 2007, que autorizou a contratação emergencial de 25 Peritos Criminais para a força-tarefa atender o objetivo de zeramento das perícias. No corpo da mesma lei foi incluída também a contratação de quatro Médicos-Legista e nove Auxiliares de Perícias para atuarem em Postos Médicos Legistas no Interior do Estado. Também, na mesma lei ficou autorizada a prorrogação de contrato emergencial de Médidos, Papiloscopistas e Auxiliares de Perícias no Interior do Estado. Ou seja, a lei autorizou a contratação de 38 funcionários. Mas, no dia 18 de fevereiro de 2008, no Diário Oficial, páginas 15 a 17, saiu publicado o Edital 01/2008 do IGP (Instituto Geral de Perícias), no qual ardilosamente, foi prevista a inscrição de 38 servidores (número previsto na Lei) para os locais e cargos relacionados no corpo do mesmo. Acontece que efetivamente somente 13 vagas foram previstas, sendo 4 Médicos Legistas e 9 Auxiliares de Perícias. Informalmente, para gasto interno, foi declarado pelo chefia que a não inclusão dos 25 Peritos Criminais foi porque haverá concurso para 133 funcionários no IGP (55 Peritos-Criminais, 4 Peritos Quimicos Forense, 19 Peritos Medico-Legista, 18 Papiloscopista, 18 Fotografos Criminalisticos, 19 Auxiliares de Pericias). Acontece que, até a entrada efetiva dos futuros concursados em serviço, se tudo ocorrer bem, terão decorrido no mínimo dois anos. Resumindo, até lá, o passivo de zeramento de 12.000 não acontecerá. Mais do que isso: vai se multiplicar em muito esse passivo. Ou seja, tudo exatamente ao contrário do que era o objetivo e a determinação da governadora Yeda Crusius. É fundamental que ela tenha agora nomeado o economista Delson Martini para a Secretaria Geral de Governo, para controlar essas e outras sabotagens que são produzidas pelas corporações em prejuízo do interesse da sociedade.

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