segunda-feira, 31 de março de 2008

Processo-bomba na Justiça Federal contra o ex-presidente do PP gaúcho, Celso Bernardi, e envolve Dorneu Maciel (7)

O processo nº 2006.71.00.051377-0 foi para as mãos do juiz federal Francisco Donizete Gomes no dia 5 de janeiro de 2007. Já no dia 12 de janeiro o juiz determinou as citações. No dia 26 de janeiro de 2007 foram expedidos os mandados de citação de Celso Bernardi e Carlos Dirnei Fogaça Maidana. No dia 12 de fevereiro, Celso Bernardi foi citado pelo oficial de Justiça. O seu mandado de citação foi juntado ao processo no dia 14 de fevereiro. Neste mesmo dia 14 de fevereiro, Celso Bernardi entrou com uma petição na 2ª Vara Federal, nomeando seu advogado, o qual apresentou procuração, e levou junto os autos da ação. O nome deste advogado, nomeado por Celso Bernardi, é Jorge Sant’anna Bopp. Ele é titular do escritório Jorge Sant’anna Bopp Advogados Associados, que funciona na rua São Vicente, nº 136, bairro Rio Branco, em Porto Alegre. Trata-se de um cunhado do deputado federal Jorge Alberto Portanova Mendes Ribeiro Filho, conhecido como Mendes Ribeiro Filho (PMDB). E Mendes Ribeiro Filho é amigo há muitas décadas de seu colega deputado federal José Otávio Germano (PP). Além de ter começado sua carreira política como vereador em Porto Alegre, eleito pelo antigo PDS (hoje PP), e de ter sido secretário de Estado da Justiça no governo Jair Soares, teve como seu secretário-substituto neste cargo nada menos do que Celso Bernardi. Mendes Ribeiro Filho perdeu o cargo de secretário quando fugiram presos, com pena em regime fechado, que tinham saído do Presídio Central para instalar grades na casa da irmã dele. Na Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul, Mendes Ribeiro Filho e José Otávio Germano foram colegas. Davam-se tão bem que estudaram juntos para o concurso de delegado estadual, concurso este que acabou anulado por suspeita de fraude (favorecimento a candidatos) pelo ex-governador Alceu de Deus Collares. Jorge Sant’anna Bopp teve seu contrato renovado, para a prestação de serviços advocatícios para a CEEE (Companhia Estadual de Energia Elétrica), sem licitação, pelo ex-diretor administrativo Antonio Dorneu Cardoso Maciel, um dos presos da Operação Rodin (que apurou fraude no Detran RS, com desvios de mais de 40 milhões de reais) e indiciado pela Polícia Federal.

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