terça-feira, 8 de janeiro de 2008

Supremo nega pedido de Delúbio Soares para suspender ação que investiga mensalão

O presidente em exercício do Supremo Tribunal Federal, ministro Gilmar Mendes, negou a liminar em habeas corpus requerida pela defesa do ex-tesoureiro do PT, Delúbio Soares. No habeas corpus, os advogados de Delúbio Soares pediam a suspensão da ação penal do Mensalão que tramita no Supremo. Delúbio Soares é acusado pelos crimes de gestão fraudulenta e falsidade ideológica. Para seus advogados, ele não pode ser acusado de gestão fraudulenta porque não administrou nenhuma instituição financeira. No mês passado, o ex-presidente do PT, deputado federal José Genoino, também acusado de comandar o esquema do mensalão, negou em interrogatório à Justiça Federal envolvimento no caso. José Genoino empurrou a responsabilidade, em diversos momentos, para Delúbio Soares. "Quem preparava o pagamento do partido, o orçamento e acompanhava o fluxo de caixa era a Secretaria de Finanças, ocupada por Delúbio Soares à época", respondeu Genoino, ao ser questionado sobre um pagamento de R$ 350 mil feito pelo publicitário Marcos Valério Fernandes de Souza, em 2004, para quitar dívidas do partido. O publicitário Marcos Valério, apontado como operador do mensalão, é acusado de corrupção ativa, peculato, lavagem de dinheiro, formação de quadrilha e evasão de divisas. Para a Justiça, José Genoino disse também que não teve responsabilidade na escolha dos bancos BMG e Rural, de onde partiram os empréstimos ao PT: "A tarefa foi delegada ao secretário de Finanças", disse, mais uma vez apontando a responsabilidade de Delúbio Soares.

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