terça-feira, 15 de janeiro de 2008

Parentes recuperam pertences de vítimas do nazismo em arquivo alemão

Os responsáveis pelos arquivos de Bad Arolsen (Alemanha), sobre vítimas do nazismo, entregaram nesta segunda-feira, e pela primeira vez na história do órgão, pertences de presos de campos de concentração. Representantes da Cruz Vermelha fizeram a entrega de documentos, fotografias e objetos pessoais, como jóias e relógios, a familiares de oito prisioneiros desses campos, todos cidadãos da Holanda. Essas vítimas foram aprisionadas junto com outros 600 cidadãos do país em outubro de 1944, dentro de uma série de detenções perpetrada pelos nazistas no território. Os arquivos de Bad Arolsen, os maiores do mundo e que durante décadas ficaram sob tutela da Cruz Vermelha, foram abertos no ano passado para a consulta de pesquisadores, com o sinal verde dos 11 países que regularam a utilização do local por meio do Acordo de Bonn. Nos arquivos são conservados 50 milhões de atas, sobre cerca de 17,5 milhões de vítimas do nazismo, material que começou a ser compilado pela Cruz Vermelha britânica em 1943. O núcleo das atas é formado por documentos das autoridades nazistas. Em 1946, os arquivos passaram a ficar sob cuidados da Cruz Vermelha Internacional, que assumiu a incumbência de ajudar, graças às atas, a buscar as vítimas ou seus parentes. Em Bad Arolsen, ficou conservado esse grande arquivo sobre vítimas civis do nazismo, tanto pessoas confinadas em campos de concentração ou de extermínio como submetidas a trabalhos forçados. Só no ano passado os arquivos foram abertos.

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