domingo, 13 de janeiro de 2008

Ouro bate novo recorde e encosta nos US$ 900,00

O ouro encostou na sexta-feira nos US$ 900,00. A queda vertiginosa do dólar, as incertezas geopolíticas e econômicas, e a disparada do petróleo compõem o cenário para esse recorde. Depois de ter alcançado em 2 de janeiro o recorde histórico do segundo choque do petróleo (US$ 850,00 em janeiro de 1980), o ouro atingiu cotação de US$ 898,00 na sexta-feira, em Hong Kong, e US$ 897,90, no London Bullion Exchange. Os preços subiram mais de 30% em 12 meses. Os motivos para a preferência da mais tradicional das aplicações não faltam. Quanto mais o dólar perde valor, melhor para o ouro. Existe uma forte correção inversa entre os valores da moeda norte-americana e do ouro. Em um ano, a moeda norte-americana perdeu até 14% de seu valor em relação ao euro e encostou na cotação de US$ 1,5 por euro em novembro. Os investidores de fora da zona dólar aproveitam para encher a carteira de ouro, uma matéria-prima vendida em dólares. Além disso, o aumento das incertezas, tanto geopolíticas como econômicas, dá espaço para o metal desempenhar seu papel de valor defensivo. Uma recessão econômica nos Estados Unidos pode desacelerar a economia mundial. Os riscos geopolíticos aumentaram após o assassinato da ex-primeira-ministra paquistanesa Benazir Bhutto, em 27 de dezembro. Tradicional escudo antiinflação, a alta do ouro se aproveita também da alta dos preços do petróleo e das pressões inflacionárias.

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