quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Ministro Paulo Bernardo diz que 90% dos cortes do Orçamento devem sair do Executivo

O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, disse nesta quarta-feira que 90% dos cortes no Orçamento da União de 2008 devem recair sobre o Executivo. O Planalto quer cortar R$ 20 bilhões do Orçamento para adequá-lo à estimativa de redução de receita provocada pelo fim da CPMF. As opções de ajuste nas despesas serão apresentadas aos líderes dos partidos na Câmara dos Deputados e no Senado Federal nesta quinta-feira. O líder do governo no Senado Federal, senador Romero Jucá (PMDB-RR), disse que os cortes do Executivo devem ser feitos, principalmente, nas despesas com passagens, diárias de hotéis e publicidade. Para Jucá, o Legislativo e o Judiciário também devem reduzir gastos com essas despesas. "Emendas de bancada e de comissão não vão escapar dos cortes", adiantou ele. O relator do Orçamento no Congresso, deputado federal José Pimentel (PT-CE), vai fazer os ajustes nas propostas orçamentárias do Judiciário e do Legislativo. O relatório final deve ficar pronto somente no dia 12 de fevereiro. "A tarefa que nós temos não é uma tarefa simples. Cortar R$ 20 bilhões é um volume muito grande. Acho que o trabalho mais difícil começa agora. Fazer esse corte virar realidade, detalhando para cada despesa, para cada ministério, para cada órgão", reforçou Paulo Bernardo. O ministro do Planejamento afirmou que o governo pretende poupar o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) dos cortes orçamentários. A alternativa, informou Bernardo, é fazer o remanejamento de recursos sempre que uma obra estiver com algum "embaraço", como falta de licença ambiental ou licitação não concluída. "É substituir uma obra por outra", disse o ministro. "O interesse do governo é preservar o PAC. Nós temos ali grandes obras de caráter estruturante, particularmente na área de rodovias. São as grandes rodovias, corredores entre as metrópoles. Temos obras de saneamento e habitação popular, que nós inclusive fizemos negociações minuciosas com governadores e prefeitos e, portanto, achamos que é prioridade para todo mundo”.

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