terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Jobim volta atrás e anuncia retorno de escalas e conexões no Aeroporto de Congonhas

O ministro da Defesa, Nelson Jobim, anunciou nesta segunda-feira novas regras para pousos e decolagens no aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo. Uma resolução do Conac (Conselho de Aviação Civil) determina que a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) regulamente a retomada de vôos regulares com escalas e conexões em Congonhas, mantido o limite de 30 operações por hora. Ou seja, é uma volta atrás completa no que o governo Lula havia estabelecido. Desde o mês de outubro a nova malha aérea restringiu os vôos em Congonhas (vôos com raio superior a 1.000 quilômetros foram proibidos, além de conexões ou escalas). Conforme Jobim, as operações de vôos charter também serão autorizadas aos sábados, entre 14 horas e 22h45, e aos domingos, entre 6 horas e 14 horas. As novas regras devem entrar em vigor a partir de 16 de março. O ministro da Defesa descartou a construção da terceira pista do aeroporto de Cumbica, em Guarulhos (Grande São Paulo), destacando a "inviabilidade técnica" da obra ao norte do aeroporto, por causa da proximidade com a serra da Cantareira, a dificuldade para remanejar os moradores e o custo, estimado em R$ 750 milhões. A possibilidade de uma nova pista ao sul do aeroporto também foi descartada, pelo custo de R$ 3 bilhões para as obras de nivelamento do terreno. Com isso, segundo Jobim, o governo vai investir na construção de um terceiro aeroporto em São Paulo, o que levará ao menos cinco anos.Assim, no curto prazo, o governo Lula pretende "otimizar" a capacidade de Guarulhos. Novos pátios para aeronaves serão construídos, acrescentou o ministro, o que permitirá um ganho de 17 posições de estacionamento de aviões na área onde serão construídos os terminais 3 e 4 do aeroporto. Além disso, serão criadas "saídas rápidas" para as aeronaves que chegam em Guarulhos. Com as obras, Jobim prevê que subirá de 45 para 54 o número de operações por hora em Guarulhos. Com a construção dos terminais, o volume de passageiros pode subir em mais 12 milhões por ano, elevando a capacidade do terminal para 29 milhões de passageiros. No aeroporto de Viracopos (Campinas), Jobim anunciou obras para expansão do terminal de passageiros e para construção de novos pátios e pista, e melhorias no acesso ao aeroporto. Ou seja, volta a ficar tudo centralizado em São Paulo, e também para ali serão dirigidos os investimentos federais. Os outros Estados ficarão colhendo as migalhas desse banquete.

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