terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Inquisição petista tenta impedir realização de pesquisa gaúcha

Um grupo de mais de cem inquisidores, que inclui psicólogos, advogados, antropólogos e educadores, quer impedir a realização de um projeto de pesquisa que pretende mapear o cérebro de 50 adolescentes homicidas em Porto Alegre (RS). A reação contra os cientistas que lideram a proposta cresceu a partir de dezembro passado, quando um abaixo-assinado de inquisidores, acompanhado de uma nota de repúdio de autoria coletiva, começou a circular. A versão mais atual do documento está assinada por 101 pessoas, incluindo integrantes do Conselho Federal de Psicologia e de conselhos regionais, tudo dominado por petistas. A nota dos inquisidores compara a pesquisa a "práticas de extermínio" e de motivação "eugenista", no que os esquerdistas são especializados, como demonstra a experiência do Cambodja. Dois dos líderes do projeto que está sendo criticado são o neurocientista Jaderson da Costa, da PUC-RS, e o geneticista Renato Zamora Flores, da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul). Um aluno de mestrado no grupo é o secretário da Saúde do Estado, Osmar Terra, deputado federal licenciado pelo PMDB. A intenção dos cientistas é analisar em uma mesma pesquisa aspectos neurobiológicos, psicológicos e sociais do comportamento violento, tendo como foco de pesquisa um grupo de internos da Fase (antiga Febem gaúcha). O projeto de pesquisa ainda não foi protocolado no comitê de ética da PUC-RS, que vai avaliá-lo, mas alguns inquisidores signatários da nota de repúdio já estão organizando uma reação. "A gente pretende evitar que ele se realize", diz Ana Luiza Castro, psicóloga do Juizado da Infância e Juventude de Porto Alegre. "Entendemos que ele fere o Estatuto da Criança e do Adolescente e fere os direitos humanos porque parte desse princípio: liga a violência a um determinado grupo social”. Já se vê o tipo de argumento usado pelos inquisidores, de uma primariedade total. Ana Luiza Castro foi diretora da Fase no governo Olívio Dutra (PT). Impedir pesquisa só mesmo na cabeça de jerico de petistas. Quem sabe esses inquisidores não resolvem o problema de uma maneira fácil, como estão acostumados: fazem uma fogueira na frente da UFRGS e queimam os dois pesquisadores?!!! Já se suspeitava há bom tempo que o Rio Grande do Sul estava em acelerada decadência, só não se sabia que era tanto assim. No Rio Grande do Sul, agora, só há espaço para babá de homicida.

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