sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

Governo Lula vai acionar usinas a óleo no Sul e Sudeste para compensar falta de chuva

O governo Lula irá acionar usinas termelétricas movidas a óleo combustível no Sudeste e no Sul para compensar a falta de chuvas, que vem diminuindo o nível dos reservatórios das hidrelétricas. Conforme o ministro tampão de Minas e Energia, Nelson Hubner, o CNSE (Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico) decidiu nesta quinta-feira acionar usinas que terão capacidade de gerar 800 MW (megawatts). Serão inicialmente cinco usinas no Sudeste e uma no Nordeste. Hubner disse ainda que está em estudo a utilização de novas usinas a óleo, o que poderá elevar a capacidade de geração para 1200 MW. "Estamos estudando todos os gargalos em termo de logística e todas as restrições para eliminá-las para, se houver necessidade, podermos disponibilizar novas térmicas", disse ele. Além disso, o governo conta com novos 1.000 MW que serão produzidos por termelétricas do Rio de Janeiro a partir de meados de fevereiro. Essas usinas usarão o gás produzido no Espírito Santo e que será transportado pelo gasoduto Cabiúnas (RJ) Vitória (ES), cuja conclusão está prevista para o próximo mês. A partir do fim do semestre será inaugurada ainda uma planta para regaseificar o GNL (Gás Natural Liquefeito) importado, que poderá ser usado pelas térmicas. Depois da reunião desta quinta-feira, Hubner voltou a descartar o risco de apagão energético em 2008. "Não se falou na possibilidade de racionamento. Nossa posição é sempre de adequar a nossa oferta, mantendo sempre a visão de que 2009 também seja adequadamente atendido", reiterou. O ministro descartou também um racionamento do gás natural. De acordo com Hubner, apesar das usinas a óleo serem mais caras, o impacto para o consumidor será muito pequeno: "A grande maioria das usinas não tem qualquer reflexo de preço, são contratos que já existem”. Apesar das negativas de Hubner, especialistas acreditam que o consumidor terá que enfrentar um racionamento de gás natural. Eles acreditam que, caso o volume de chuvas continue abaixo do esperado, a primeira medida a ser tomada pelo governo será direcionar o gás que está sendo hoje usado nas indústrias e nos carros para o setor elétrico. Assim, as termelétricas poderiam gerar mais energia elétrica.

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