sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

Governo Lula reservou R$ 41 bilhões para executar obras do PAC mesmo sem aprovação do Orçamento 2008

A estratégia do governo Lula de acelerar o empenho de recursos do Orçamento da União nas últimas semanas de 2007 garantiu uma folga recorde de R$ 41 bilhões que permitirá à equipe econômica continuar gastando dinheiro que foi arrecadado ainda em 2007, enquanto negocia a aprovação do Orçamento de 2008 no Congresso Nacional. O valor reservado para a execução das obras supera os R$ 38 bilhões que o governo Lula perderá de arrecadação neste ano com o fim da cobrança da CPMF. A estratégia de Lula foi clara: evitar ficar refém da oposição nos debates da proposta orçamentária que já deveria ter sido aprovada, e assegurar o andamento de obras do PAC em ano de eleições. O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, que comanda justamente a área responsável pela elaboração do orçamento da União, continua tripudiando sobre a oposição. Disse ele, nesta sexta-feira: "Orçamento é igual Carnaval, todo ano tem. Às vezes atrasa um pouco, mas vai aprovar". Ou seja, para Paulo Bernardo, o orçamento não passa de uma “fantasia”, já que é igual a carnaval. Ele ainda disse: “Os recursos reservados para serem gastos neste ano, chamado de restos a pagar, foram os maiores da história”. Boa parte dessas obras, que devem render dividendos políticos para o PT nas urnas só começaram a deslanchar nos últimos meses de 2007. A falta de recursos, pela não aprovação do Orçamento do 2008, e a paralisação das obras, poderia comprometer o resultado eleitoral nos municípios.

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