quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

Governo Lula está tratando nos bastidores da recriação da CPMF

Em uma reunião no Ministério do Planejamento, para discutir os cortes no Orçamento de 2008, os líderes dos partidos que compõem a base de apoio ao governo Lula defenderam a recriação da CPMF na proposta de reforma tributária que o Palácio do Planalto ficou de encaminhar em fevereiro ao Congresso Nacional. A nova CPMF seria instituída em caráter permanente, com alíquota de 0,20% (a antiga tinha uma alíquota de 0,38%). Os parlamentares subordinados ao governo Lula saíram da reunião dizendo isso, mas foram imediata, e convenientemente, desmentidos pelos ministros Paulo Bernardo, do Planejamento, e José Múcio, das Relações Institucionais. "Não há hipótese. O governo tem passado para a base a preocupação com os recursos para a saúde, mas essa proposta não será apresentada. Será apresentada a reforma tributária", disse o ministro José Múcio, garantindo que está mantido o compromisso do presidente Lula de que a CPMF não será ressuscitada. Videversus já cansou de avisar aos seus leitores, e retorna agora: quando o governo, ou um político, diz uma coisa, a verdade é outra bem oposta. Já Paulo Bernardo deixou claro que a iniciativa é verdadeira, quando disse que o Congresso é soberano e pode propor a recriação da CPMF: "Se algum líder do governo ou da oposição buscar essa solução, tem o direito e a autonomia. O Parlamento não depende do Executivo". O líder do governo na Câmara dos Deputados, o deputado federal gaúcho Henrique Fontana (na foto) deixou bem claro que a idéia de recriar a CPMF é consenso dentro da base governista: "O governo percebeu que não é fácil cortar recursos. Os recursos da nova CPMF serviriam para qualificar e ampliar os serviços de saúde”. Esse é o discurso atual do PT, partido igual ao camaleão, que muda de cor conforme a situação.

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