quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Governador de Rondônia decreta moratória

O governador de Rondônia, Ivo Cassol (PPS), disse que, a partir desta quinta-feira, não pagará mais a dívida do Banco do Estado de Rondônia (Beron) com o governo federal, que hoje chega a R$ 5 bilhões. Cassol informou que vai publicar a decisão no Diário Oficial de Rondônia e encaminhar um ofício ao Senado Federal. No dia 18 de dezembro do ano passado, os senadores aprovaram relatório do senador Expedito Júnior (PR-RO) que suspende o pagamento da dívida do Beron com o governo federal por 272 dias. Nesta quarta-feira, o Banco do Brasil estava autorizado pelo secretário do Tesouro Nacional, o petista gaúcho Arno Augustin (trotskista, da DS – Democracia Socialista), a executar parte do débito à zero hora desta quinta-feira. O impasse teve início em 1998, quando o Beron contraiu uma dívida de R$ 40 milhões. Na época, segundo Cassol, o Banco Central promoveu intervenção na instituição e, três anos depois, o deixou com uma dívida ainda maior, de quase R$ 600 milhões. Cassol disse ainda que desconfiava do descumprimento da decisão do Senado por parte do governo desde quando foi procurado pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, ainda em dezembro do ano passado. Na ocasião, segundo Cassol, o ministro propôs a ele o aumento do poder de endividamento do Estado de R$ 100 milhões para R$ 200 milhões, em uma evidente barganha, o que o governador Ivo Cassol não aceitou. Disse ele: “Não quero esmola e nem o perdão da dívida. O Estado quer apenas a revisão da dívida. Isso é uma falta de respeito com a decisão soberana do Senado e com o povo de Rondônia”.

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