sábado, 12 de janeiro de 2008

Família de ex-presidente João Goulart denuncia a sua morte por envenenamento

A família do ex-presidente João Goulart entrou com uma ação na Procuradoria Geral da República pedindo investigação de um complô que teria levado ao assassinato por envenenamento do ex-líder petebista, deposto em 1964 e morto no exílio, na Argentina, em 1976. No pedido, consta uma entrevista feita pelo filho de Jango, João Vicente Goulart, com o uruguaio Mario Neira Barreiro, de 53 anos. Preso no presídio de segurança máxima de Charqueada (PASC), por roubo, formação de quadrilha e posse ilegal de armas, barreiro contou a João Vicente, durante quase três horas, em entrevista gravada, seu trabalho como agente de inteligência do governo uruguaio, nos anos 70. Na entrevista, Barreiro detalhou a “Operação Escorpião”, que teria levado ao assassinato de João Goulart. Disse ele na entrevista gravada: “Não me lembro se colocamos no Isordil, no Adelpan ou no Nifodin. Conseguimos colocar um comprimido nos remédios importados da França. Ele não poderia ser examinado por 48 horas, aquela substância poderia ser detectada”. Barreiro disse ter militado na "Juventude uruguaia de pé", movimento estudantil de direita, aderindo depois ao Grupo Gama, o serviço de inteligência uruguaio.

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