sábado, 12 de janeiro de 2008

Estados Unidos mostram provas no caso do dinheiro venezuelano para campanha de Cristina Kirchner

O FBI tem provas em áudio e vídeo de uma reunião chave na qual um empresário venezuela explicava a Guido Alejandro Antonini, o “homem da valise” de 800 mil dólares, preso no aeroporto de Buenos Aires, que levava o dinheiro para a campanha da presidente atual da Argentina, Cristina Fernández de Kirchner. A evidência maior dessa afirmação é um pacote de provas contende 41 gravações de áudio, oito de vídeo e declarações recolhidas após as prisões feitas, que a promotoria norte-americana colocou à disposição dos advogados dos quatro acusados de atuar ilegalmente como agentes do governo da Venezuela na conspiração para que Antonini desse uma versão falsa sobre a origem e o destino do dinheiro. Até agora não havia certeza se os detalhes desta conversação, conforme apresentados na acusação original, haviam sido obtidos pelo FBI de um relato de memória feito por Antonini, que colabora com a Justiça dos Estados Unidos. Agora ficou claro que se trata de uma prova com som e vídeo, de uma reunião realizada no restaurante Jackson's Steakhouse, de Fort Lauderdale, no dia 23 de agosto do ano passado, na qual participaram Antonini e os acusados pela promotoria norte-americana, Carlos Kauffmann, Franklin Durán e Moisés Maionica. ''Nessa reunião Duran revelou a Antonini a identidade da candidata na campanha presidente da Argentina para a qual eram destinados os 800 mil dólares”, afirma a acusação original do FBI. Os 800 mil dólares foram confiscados de Antonini pela autoridades aduaneiras da Argentina quando ele chegava ao país em um jatinho executivo, no dia 4 de agosto, no aeroporto de Buenos Aires. Em uma audiência oficial, o promotor norte-americano Tom Mulvihill mencionou a campanha da presidente Cristina Fernandez Kirchner como a destinatária do dinheiro. A gravação feita pelo FBI também comprova o grau de relação de confiança de Durán com altos funcionários do governo da Venezuela (um alto oficial da inteligência do governo e outro importante funcionário do Ministério da Justiça), que conversaram sobre o fiasco da valise. Nessas gravações também se ouve com nitidez o tom com que Kauffmann adverte Antonini de que seu atos poderiam “por em perigo” seus filhos. As gravações em áudio abrangem o período que vai de 23 de agosto a 11 de dezembro. Segundo a denúncia à Justiça norte-americana, essas gravações se referem: 1) uma reunião realizada no Restaurante Quarterdeck, no dia 7 de setembro, na qual Durán disse a Antoninni que as autoridades venezuelanas suspeitavam que ele estava colaborando com os Estados Unidos; 2) conversa telefônica na qual Maionica menciona suas conexões com o vice-presidente da Venezuela e o diretor da DISIP; 3) conversas telefônicas entre Maionica e Antonini para coordenar um encontro com um emissário da DISIP. O pacote de provas entregue pela Promotoria inclui ainda as declarações dadas pelos acusados após suas prisões, assim como o resultado da inspeção realização no carro de Rodolfo Wanseele Paciello, um uruguaio residente em Miami acusado de ter servido de segurança de um dos encontro.

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