terça-feira, 22 de janeiro de 2008

CPI do Detran do Rio Grande do Sul vai ouvir ex-presidentes da autarquia

O presidente da CPI do Detran, na Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul, deputado estadual Fabiano Pereira (PT), manteve reunião nesta segunda-feira com procuradores do Ministério Público Federal, buscando informações sobre a investigação da fraude na autarquia, descoberta em novembro pela investigações iniciadas pelo Ministério Público Especial junto ao Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Sul, ampliadas pela formação da força tarefa na qual passou a participar , inicialmente, o Ministério Público Federal, depois a Polícia Federal e a Receita Federal. Mais uma vez a rotina é que ninguém quis saber da participação do Mistério Público Estadual. No final, o desbaratamento do esquema se consumou na realização da Operação Rodin. A ampliação das investigações da CPI do Detran até 1997, passando pelos governos de Antônio Brito, Olívio Dutra, Germano Rigotto e Yeda Crusius, foi uma exigência dos deputados da base governista para assinar o pedido de abertura da comissão, já que esses partidos, principalmente o PP, PMDB e PSDB foram os grandes atingidos, e têm interesse em também investigar a gestão petista do Detran. A grande dúvida é se esta CPI contará com alguma deputado corajoso para investigar outro filão de grande fraude, constituído pela não contabilização dos recursos que a Fenaseg é obrigada a entregar para fundo de reaparelhamento das delegacias de combate ao crime de trânsito e a campanhas contra os acidentes. O Detran foi presidido desde o início de seu funcionamento como autarquia pelas seguintes pessoas: Nereide Tolentino (de julho a agosto de 1997); Djalma Gautério (de agosto de 1997 a 1998); Luiz Carlos Bertotto (de 1999 a 2000); Mauri Cruz (de 2001 a 2002); Carlos Ubiratan dos Santos (de 2003 a 2006); Flávio Vaz Netto (de janeiro a 8 de novembro de 2007); Estella Maris Simon (a partir de 8 de novembro de 2007). Também é indispensável que a CPI do Detran ouça o delegado estadual Luiz Fernando Tubino, que está na origem das investigações que resultaram na Operação Rodin.

Nenhum comentário: