terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Bovespa despenca com medo de recessão nos Estados Unidos

O medo de uma recessão nos Estados Unidos, a maior economia do mundo, tomou conta dos mercados financeiros globais nesta segunda-feira e derrubou a Bolsa de Valores de São Paulo. Segundo dados preliminares, o Ibovespa caiu 6,62%, retrocedendo para 53.698 pontos, maior queda diária desde 27 de fevereiro de 2007, quando o índice recuou 6,63%. No pior momento do dia, o Ibovespa recuou 6,99%. O volume de negócios ficou em 5,9 bilhões de reais. As blue chips Petrobras e Vale despencaram 7,42% e 10,6%, respectivamente. As bolsas norte-americanas ficaram fechadas por causa do feriado de Martin Luther King, mas na Europa os mercados tiveram as maiores quedas desde os atentados de 11 de setembro de 2001. Com a saída de investidores externos, o dólar subiu 2,46%, chegando a R$ 1,830. O movimento financeiro da Bovespa, de R$ 6,117 bilhões, elevado para um dia de feriado nos Estados Unidos, foi inflado pelo vencimento de opções. Com a deterioração do cenário externo, os principais investidores globais estão fazendo caixa e, para isso, vendem suas posições, fazendo as bolsas do mundo inteiro despencarem. Na Europa, os mercados financeiros terminaram com as maiores baixas desde 11 de setembro de 2001. O londrino FTSE recuou 5,48%, enquanto o Dax, de Franfkurt, despencou 7,16%. Em Paris, o CAC 40 perdeu 6,83%. Na Ásia, o índice Nikkei 225, de Tóquio, caiu 3,86%, para 13325,94 pontos. O Kospi, de Seul, declinou 2,95%, ficando em 1683,56 pontos. Com queda de mais de 5%, apareceram o Hang Seng, de Hong Kong, que recuou 5,49%, somando 23818,86 pontos, e o Shanghai Composite, de Xangai, com baixa de 5,14%, aos 4914,43 pontos. A perda apurada em Hong Kong foi a pior já registrada em um único dia desde setembro de 2001. Assim, torna-se muito grande a expectativa em torno da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que termina nesta quarta-feira, para definir o rumo da política monetária brasileira.

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