terça-feira, 15 de janeiro de 2008

BNDES é criticado por participar da operação de fusão entre Brasil Telecom e Oi

Concessionárias de telefonia fixa criticam a participação do BNDES na compra da Brasil Telecom (BrT) pela Oi (antiga Telemar). O dinheiro do BNDES seria usado para que o Citibank possa "expatriar seus investimentos de telecomunicações no Brasil", afirmou o presidente da Associação Brasileira das Prestadoras de Serviços de Telecomunicações Competitivas (TelComp), Luís Cuza. O Citibank é controlador da BrT e sua participação seria vendida à Oi com dinheiro emprestado pelo BNDES. Oficialmente, a aquisição ainda não foi confirmada. Ela depende de uma mudança na regulamentação. Entre os associados da TelComp estão Claro, Vivo, TIM, Embratel, Telmex, GVT, Transit e até a própria Oi. “Qual é o sentido de o banco emprestar dinheiro para o setor mais capitalizado?’ – questionou um alto executivo do setor. Os grupos La Fonte, do empresário Carlos Jereissati, e Andrade Gutierrez, de Sérgio Andrade, contam com a participação do fundo de pensão dos empregados do Grupo Oi (a Fundação Atlântico) para garantir o controle da nova supertelefônica que está sendo costurada pelo governo Lula, em beneficio do primeiro filho, Lulinha, um superprotegido da Telemar, com capitalizações milionárias em sua inexpressiva empresa Gamecorp. As negociações para a compra da BrT pela Oi estão no momento da definição das participações que cada sócio poderá ter na nova empresa. Segundo fontes ligadas ao negócio, a Fundação Atlântico teria 10% das ações ordinárias da Telemar Participações (a controladora do Grupo Oi) ao final da reestruturação. Esse é exatamente o percentual que a Andrade Gutierrez e o La Fonte precisam para deter, com a ajuda do fundo de pensão, o controle da nova companhia. Fundos de pensões são controlados pelo PT.

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