quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

Argentina já vive onda de apagões elétricos de até 8 horas de duração

Diferentes bairros da cidade de Buenos Aires e localidades na Província de Buenos Aires têm sofrido cortes de luz de até oito horas de duração nos últimos dias. Segundo representantes das duas maiores empresas de energia do país, a Edenor e a Edesur, os apagões se tornaram mais freqüentes a partir do Ano Novo, com o aumento da temperatura e do consumo de ar condicionado e ventiladores. A escassez de energia vem ocorrendo na Argentina desde o último inverno, quando as baixas temperaturas, juntamente com o crescimento econômico, aumentaram o consumo e deixaram evidente os efeitos da falta de investimentos no setor. Nesta quarta-feira, a presidente argentina, Cristina Kirchner, reconheceu que, na terça-feira, "ocorreram 50 mil cortes simultâneos de energia no horário de maior consumo (por volta das 21 horas)". Segundo a presidente, esses cortes ocorreram em uma região onde vivem cinco milhões de consumidores. Ela atribuiu o transtorno ao aumento da temperatura. "Essa situação requer maior responsabilidade das empresas e do Estado", afirmou Cristina Kirchner. O ex-secretário de Energia e analista energético, Daniel Montamat, disse que a crise só será revertida quando o governo voltar a atrair investimentos para o setor. As tarifas do setor público privatizado (energia, água e outros) estão congeladas na Argentina desde 2001. A medida de racionamento também foi adotada durante o inverno, com a oferta de energia insuficiente para atender o aumento do uso de aquecedores elétricos. Na terça-feira, o governo argentino importou 300 megawatts de energia do Brasil, no primeiro pedido de socorro neste verão.

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