segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Agente venezuelano de Chávez, preso nos Estados Unidos, assume culpa no caso da mala de dólares

O advogado venezuelano Moisés Maionica, acusado de ter viajado a Miami por ordem do governo do cantinflesco tiranete Hugo Chávez, para ocultar o escândalo do envio clandestino de dinheiro para a campanha presidencial de Cristina Kirchner, declarou-se culpado na sexta-feira, informou a justiça norte-americana. "Segundo a acusação e a declaração de Maionica à corte, os acusados coordenaram e participaram de uma série de encontros" com o empresário norte-americano-venezulano Guido Antonini Wilson, para que ele escondesse a origem e o destino de US$ 800 mil (cerca de R$ 1,430 milhão) enviados da Venezuela para a Argentina, segundo a procuradoria federal. Antonini Wilson foi o encarregado de levar de Caracas a Buenos Aires a maleta com US$ 800 mil, em um vôo fretado por uma empresa pública argentina de energia. O dinheiro foi confiscado pelas autoridades aduaneiras no momento de sua chegada a Buenos Aires, mas o empresário não foi preso, nem interrogado na hora, e voltou a Miami, onde reside. Outros três presos no caso na Flórida (os empresários venezuelanos Carlos Kauffmann e Franklin Durán, e o uruguaio Rodolfo Wanseele Paciello) se declararam inocentes antes do início do julgamento, previsto para 17 de março. Rubén Oliva, advogado de Maionica, disse que, em agosto, seu cliente estava a ponto de embarcar em um cruzeiro quando foi convocado por altas instâncias oficiais venezuelanas que pediram a ele que ajudasse o empresário venezuelano Guido Antonini Wilson. A Procuradoria Geral norte-americana, que trata do caso, disse que o empresário Antonini Wilson recebeu a mala com os dólares sem saber de seu conteúdo. Em uma apresentação dos fatos, a Procuradoria federal em Miami afirma que "Antonini levava a mala a pedido de outro passageiro", de um grupo que teria chegado a Buenos Aires no mesmo avião. "O senhor Antonini desconhecia que havia US$ 800 mil dólares na mala, já que a mala pertencia a outro passageiro", diz o documento assinado pelo procurador Thomas Mulvihill, que atua diretamente no caso, e Alexander Acosta, procurador-chefe no distrito.

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